...¡Estou bloqueado!... não consigo pensar, de onde estou não consigo sair… ¡estagnei!... nem de um lado nem do outro, mas no meio, no topo de um desfiladeiro que de aquí onde estou parece não ter fundo (pelo menos que eu veja); semi-cerro os olhos, tento penetrar na evidente escuridão flutuante… Mãos agarram-me pelos tornozelos e sugam-me para o denso interior da mancha… arrastam-me… e enquanto me arrastam vejo o meu pasado e o meu presente, como um espelho cercante, vejo-me descer, deslizando pelo espelho (sem lhe tocar) apenas a escassas polegadas de lhe transformar a forma… ou talvez a minha… quando o (meu) espelho passou as mãos que outrora me agarravam abandonaram-me tão subitamente como me tinham agarrado… fiquei suspenso, tive medo, tive medo de cair… mas não cai, mantive-me no mesmo sitio… oscilante, nem de um lado nem do outro, mas no meio… estagnado… ¡não consigo pensar!… Estou bloqueado…